O Dadaísmo é um movimento radical de contestação de valores que vários canais de expressão: revista, manifesto, exposição e outros. Inclusive, foi difundido graças a revista Dada, e por causa dela ficou famoso em Nova Iorque, Berlin e Paris.
O marco inicial do Dadaísmo foi a criação do clube literário Cabaret Voltaire, em 1916, que promovia encontros dedicados a arte em geral. O termo “dada” foi encontrado por acaso em um dicionário, e significa “cavalo de brinquedo”. Foi uma escolha aleatória, o que caracteriza o movimento.
O contexto histórico do Dadaísmo foi a Primeira Guerra Mundial, que explica grande parte do movimento, pois seus artistas estão questionando uma sociedade que não conseguiria evitar a Guerra.
É considerado a radicalização de três vanguardas européias o Futurismo, o Expressionismo e o Cubismo. As manifestações são geralmente desordenadas, objetivando o choque e o escândalo, sempre gerando um questionamento crítico à sociedade. Trata-se de uma ideologia antipoética, antiartística, antiliterária, que vai contra a eternidade dos princípios e contra ao universal, promovendo a rejeição de qualquer tipo de sistema.
O Dadaísmo diverge de todas as formas anteriores de arte, principalmente o classicismo. Marcel Duchamp, nas artes visuais, criou o ready – made, transformando qualquer objeto escolhido em obra de arte, e fazendo uma crítica severa ao sistema tradicional da arte.
Seus artistas geralmente mostram o absurdo, as coisas consideradas sem valor e o caos, buscando chocar a sociedade burguesa e seus valores capitalistas.
Na literatura, tem como características: a agressividade verbalizada, a desordem das palavras, a incoerência. Utiliza o nonsense, ou seja, a falta de sentido, já que as palavras vão sendo colocadas no texto conforme surgem no pensamento do artista.
No seguinte texto, Tristan Tzara ensina como fazer um poema dadaísta:

Para fazer um poema dadaísta 
Pegue um jornal.

Pegue a tesoura. 
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. 
Recorte o artigo. 
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. 
Agite suavemente. 
Tire em seguida cada pedaço um após o outro. 
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. 
O poema se parecerá com você. 
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.


      No Brasil, pode-se perceber uma influência dadaísta no poema “Ode ao burguês” de Mário de Andrade: 

Ode ao burguês



“Eu insulto o burgês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,

é sempre um cauteloso pouco-a-pouco! (...)”

Mário de Andrade

           Ainda que 1922 apareça como o ano do fim do dadaísmo, fortes características do movimento podem ser notadas manifestações artísticas posteriores. Na França, muitos integram o surrealismo subsequente. Nos Estados Unidos, alguns artistas retomam certas orientações do movimento no chamado neodada.



           Exemplos de obras dos principais artistas dadaístas:
           
·         Marcel Duchamp 







·         Francis Picabia 







·         Man Ray